O resultado da FIV.
A transferência foi feita no dia 2 de Fevereiro e o teste à hormona da gravidez (HCG) estava marcado para o dia 14. Dia dos namorados. A espera é interminável. Sinceramente para mim esta é a pior fase do tratamento. Temos tempo para pensar muito. Para sentir medo, angústia. Tudo o que se pode imaginar. Os primeiros 2 ou 3 dias ainda passam relativamente bem mas depois... Os minutos parecem horas, as horas parecem dias e os dias... Nunca mais acabam! Eu tenho o péssimo hábito de ir procurar informação á net. Devoro tudo. Sites de medicina, blogs, fóruns... procuro no Dr. Google tudo e mais alguma coisa: primeiros sintomas de gravidez, taxas de sucesso da FIV, quem conseguiu engravidar à primeira com a FIV. Enfim.. Não me consegui abstrair. Impossível.
Claro que para ajudar à festa tive todos os sintomas. Eu estava consciente (ou não) que poderia ter a ver com a medicação e muito provavelmente com os óvulos de ultrogestan que eu estava inserir de manhã e à noite... Mas e porque não sonhar? Afinal tinha todas as possibilidades do meu lado. 2 embriões de boa qualidade, taxa de sucesso de 30%. Tinha de ser desta. Tinha de ser.
Eu relatava em direto ao meu marido tudo o que sentia.
"Estou a sentir umas cólicas. Estive a ver na net e pode ser um sintoma."
"Estou com sono...Isto pode ser bom sinal."
O pobre só me perguntava:
Tens cólicas? O que é que isso pode ser? E o sono? O que pode ser?
Eu não queria estar a criar falsas expectativas mas também não conseguia estar a guardar para mim o que sentia. Difícil de gerir.
Nós não quisemos partilhar com muita gente sobre o que estávamos a passar. Apenas os meus sogros, a minha tia e uma amiga estavam ao corrente. Amiga essa que foi, e continua a ser um pilar para mim. Ela está a seguir todo o processo, aconselha-me, ouve-me. Uma verdadeira irmã. Não sei se ela tem noção da importância que ela tem tido para mim.
Um dia antes da data do beta, comecei a ter um corrimento escuro. Muito pouco, mas péssimo sinal. Na manhã do exame, a assistente perguntou se tinha vestígios de menstruação e eu disse que tinha corrimento. Não gostei da cara que ela fez mas eu sabia. Não era bom.
Ao final da manhã liguei para a clínica para ter o resultado e o veredicto caiu: 8 mUI/ml. Eu sabia que abaixo de 10 era praticamente impossível que evoluisse. Mesmo assim ela aconselhou a ir dois dias depois para repetir o exame.
Quando desliguei o telefone senti uma tristeza enorme. Sensação de morrer na praia. Liguei ao meu marido e chorei. Chorei muito. Ele foi buscar-me ao trabalho para podermos estar um pouco juntos.
No dia seguinte tive a menstruação. Já não valia a pena repetir o exame.
Os dias seguintes foram difíceis. Tive medo de nunca conseguir. Não conseguia, e ainda não consigo perceber o que falhou.
Marcamos mais uma consulta com o ginecologista para fazer um novo balanço e sabermos quando poderia ser feita a nova transferência.
A transferência foi feita no dia 2 de Fevereiro e o teste à hormona da gravidez (HCG) estava marcado para o dia 14. Dia dos namorados. A espera é interminável. Sinceramente para mim esta é a pior fase do tratamento. Temos tempo para pensar muito. Para sentir medo, angústia. Tudo o que se pode imaginar. Os primeiros 2 ou 3 dias ainda passam relativamente bem mas depois... Os minutos parecem horas, as horas parecem dias e os dias... Nunca mais acabam! Eu tenho o péssimo hábito de ir procurar informação á net. Devoro tudo. Sites de medicina, blogs, fóruns... procuro no Dr. Google tudo e mais alguma coisa: primeiros sintomas de gravidez, taxas de sucesso da FIV, quem conseguiu engravidar à primeira com a FIV. Enfim.. Não me consegui abstrair. Impossível.
Claro que para ajudar à festa tive todos os sintomas. Eu estava consciente (ou não) que poderia ter a ver com a medicação e muito provavelmente com os óvulos de ultrogestan que eu estava inserir de manhã e à noite... Mas e porque não sonhar? Afinal tinha todas as possibilidades do meu lado. 2 embriões de boa qualidade, taxa de sucesso de 30%. Tinha de ser desta. Tinha de ser.
Eu relatava em direto ao meu marido tudo o que sentia.
"Estou a sentir umas cólicas. Estive a ver na net e pode ser um sintoma."
"Estou com sono...Isto pode ser bom sinal."
O pobre só me perguntava:
Tens cólicas? O que é que isso pode ser? E o sono? O que pode ser?
Eu não queria estar a criar falsas expectativas mas também não conseguia estar a guardar para mim o que sentia. Difícil de gerir.
Nós não quisemos partilhar com muita gente sobre o que estávamos a passar. Apenas os meus sogros, a minha tia e uma amiga estavam ao corrente. Amiga essa que foi, e continua a ser um pilar para mim. Ela está a seguir todo o processo, aconselha-me, ouve-me. Uma verdadeira irmã. Não sei se ela tem noção da importância que ela tem tido para mim.
Um dia antes da data do beta, comecei a ter um corrimento escuro. Muito pouco, mas péssimo sinal. Na manhã do exame, a assistente perguntou se tinha vestígios de menstruação e eu disse que tinha corrimento. Não gostei da cara que ela fez mas eu sabia. Não era bom.
Ao final da manhã liguei para a clínica para ter o resultado e o veredicto caiu: 8 mUI/ml. Eu sabia que abaixo de 10 era praticamente impossível que evoluisse. Mesmo assim ela aconselhou a ir dois dias depois para repetir o exame.
Quando desliguei o telefone senti uma tristeza enorme. Sensação de morrer na praia. Liguei ao meu marido e chorei. Chorei muito. Ele foi buscar-me ao trabalho para podermos estar um pouco juntos.
No dia seguinte tive a menstruação. Já não valia a pena repetir o exame.
Os dias seguintes foram difíceis. Tive medo de nunca conseguir. Não conseguia, e ainda não consigo perceber o que falhou.
Marcamos mais uma consulta com o ginecologista para fazer um novo balanço e sabermos quando poderia ser feita a nova transferência.
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